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Carlos Fonseca
RACING PIGEONS
Sistema da Viuvez

"Widowhood System"

 

 

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CRIAÇÃO:

Utilizam-se vários processos para preparar os pombos que se destinam a ser jogados na viuvez. Todos têm por base o seguinte: o pombo viúvo, quando solto, deseja regressar rapidamente porque o seu amor pelo ninho, pelo pombal, pela fêmea, está elevado ao maior expoente. Mas, de todos os processos, há dois primordiais. Consistem, um, em deixar os futuros viúvos criarem um borracho antes de começarem a ser jogados, e o outro, em deixar apenas chocar uma ou duas vezes. As minhas preferências vão para este último, por dois motivos: primeiro, porque a criação do borracho obriga a cuidados suplementares, segundo, porque, não tendo nós praticamente um período de descanso após a muda, (ou, se o temos, ele é reduzido a um escasso mês ou mês e meio, para os pombos mais rápidos a mudar) a criação do borracho obriga a acasalar muito cedo e isso pode significar o atraso no crescimento da última rémige. Não incluo aqui a razão normalmente apontada pelos escritores columbófilos belgas ou europeus o facto da criação provocar um aparecimento precoce da muda que virá a constituir ((handicap)) no final da campanha. Entre nós como todos sabeis, esse risco não é de considerar porque o tempo mais fresco, em relação ao resto do ano, na altura dos concursos, permite-nos jogar até ao fim praticamente com a asa completa ou com uma ou duas rémiges apenas mudadas. Aconselho, no entanto, àqueles que queiram iniciar-se no método, principalmente se possuírem uma equipa jovem que ainda não criou, a tirarem um borracho antes da viuvez. E isto porque o viúvo deve conhecer todos os encantos da criação que lhe hão-de dar o verdadeiro amor ao pombal.

Além destes, os que têm uma colónia reduzida e não podem ou não querem possuir dois ou três casais de reprodutores que lhes assegurem o futuro do pombal, também devem criar antes do jogo, por duas ordens de razões: a primeira porque nessa época os seus casais estão frescos e com amplas possibilidades de fazerem uma criação perfeita; a segunda, porque nunca sabem as surpresas que lhes trará a campanha e não sabem inclusive se os seus melhores Pombos não serão precisamente os que depois de um mau concurso nunca mais regressarão a casa. Isto na realidade, é muito mais vulgar do que podem ser levados a supor os novos.

TREINO:

E eis-nos por fim chegados ao momento de vermos como devemos conduzir os viúvos durante o jogo propriamente dito.
Através do que acabei de vos ler, já pudestes com certeza aprender a maneira de agir e preparar os machos até ao momento em que são separados das fêmeas, aproximadamente uma semana antes do seu primeiro encestamento como viúvos. Este deve realizar-se com tempo limpo e tanto quanto possível quente. O 1º domingo de viúvos pode significar uma campanha em cheio, ou pode, se o tempo se apresentar frio e chuvoso, comprometer tudo quase irremediavelmente. Desta forma deve proceder-se com a mais rigorosa prudência: Se as condições atmosféricas se não apresentarem favoráveis, é preferível deixar os viúvos em casa mais uma semana, porque estes 8 dias de atraso podem valer no futuro tudo aquilo a que aspiramos.
Quase cada escritor columbófilo que ataca o problema da viuvez apresenta um processo diferente dos demais de tratar os pombos. No fundo, todos se reconduzem a um mesmo ponto essencial: Os viúvos devem abater a forma no principio da semana e devem começar, a partir de 3ª ou 4ª feira uma ascensão gradual que vai culminar no cesto antes da largada. O grande segredo dos maiores campeões está precisamente no conhecimento, quase intuitivo, desta grande arte. Eles encestam os seus viúvos num momento que ainda não é o da forma absoluta e preparam tudo de maneira a que esta surja quando é mais precisa.
Depois do voo da manhã e da tarde que é livre, durante 35 a 40 minutos, a ração é servida á vontade num grande comedouro. Desde que alguns pombos deixem de comer, o comedouro é retirado. À noite, um pouco cânhamo como sobremesa.
Analisemos o que ficou dito: O treino é livre, quer dizer, os viúvos devem voar inteiramente á vontade sem serem enxotados. Durante a treino, podem fazer o que lhes apetecer, voar ou ficar simplesmente pousados no telhado. Também se dividem as opiniões, quanto a esta maneira de proceder. Eu vou dizer-vos como faço: Um mês e meio, ou dois meses antes da campanha, começo a soltar regularmente os meus pombos todos os dias. A principio só de manhã, mas á medida que se aproximam os treinos começo também a soltá-los á tarde. Nunca tive dificuldade para fazer voar os pombos e nunca os escorracei nem consinto que ninguém o faça. Se noto que o bando quer pousar chamo imediatamente. Quando a equipa sobe de forma, normalmente todos voam bem, começando por um passeio por longe e a grande altura. É até durante a treino diário que podemos colher alguns sinais muito úteis sobre a forma dos nossos viúvos. Os que a recebem mais depressa, geralmente isolam-se do bando, partindo em disparada numa direcção qualquer e voltando passado um pouco. Dão uma ou duas voltas ao pombal e tornam a arrancar como se fossem procurar qualquer coisa de que se tivessem esquecido. Mas também é interessante notar que há alguns viúvos em forma que não querem voar, e pelo contrário preferem pousar no telhado habitual para brigar com um vizinho ou rolar alegremente. O columbófilo não tem mais do que observar e estabelecer depois a ligação que necessariamente existe entre estas manifestações e os resultados obtidos no Domingo imediato.
Quanto á distribuição da ração num comedouro comum, tem a seu favor o argumento de que, mediante a emulação, a rivalidade, os pombos comem melhor e com mais entusiasmo. Eu não opto por este processo, conforme já vos disse. Prefiro alimentar no casulo e os meus pombos geralmente não perdem o apetite. Esta maneira de agir tem varias vantagens das quais as maiores são o facto de evitarmos a contágio, quando algum pombo traga qualquer doença encoberta do cesto, e a circunstância de podermos dosear melhor a quantidade a dar a cada pombo. Vou dizer-vos como procedo: Após a entrada do treino, fecho os pombos nos casulos e deixo-os acalmar um pouco. Depois, dou a cada um cerca de 10 favas ou feverol. Espero que comam. Em seguida distribuo a ração com uma colher de sopa. Como base, é uma colher do sopa para cada pombo. Mas claro está, há uns que comem mais do que outros. Ao fim de pouco tempo já se conhecem os apetites de cada um e assim se deve graduar a dose a distribuir.
Quando os pombos começam a sacudir a comida, despejo imediatamente os comedouros e eles não vêem nem mais um grão até á refeição seguinte.
É essencial alimentar com sementes grandes no inicio da campanha e não contemporizar, por nada deste mundo, com os mais esquisitos que apenas querem as sementes mais pequenas. Se numa refeição comem pior, na refeição seguinte encarregam-se de tapar os furos com que ficaram.

“Ao partir para um concurso a fêmea é mostrada durante 2 minutos”.
Vou dar-vos a minha opinião cerca desta resposta:
Na primeira semana de viúvos, na véspera do 1º encestamento, mando soltar os meus machos a 4 ou 5 km. Mostro-lhes as fêmeas antes de partirem e quando regressam mas não consinto que lhes toquem. Procedo assim com os pombos novos que ainda não voaram como viúvos. No dia seguinte, antes do encestamento, faço a mesma coisa aos mesmos pombos. Antes de os mandar mostro a fêmea por segundos, e á chegada. Na 6ª feira deixo-a estar ao lado do macho durante uns 10 minutos. No sábado mal entram e vêem a fêmea, começo logo a encestá-los. Com os pombos velhos, já rotinados limito-me a mostrar-lhes as fêmeas por alguns instantes antes do encestamento. Muito cuidado porém, com estas aproximações para que não haja nenhum contacto sexual. Sempre que mostro as fêmeas uns 10 ou 15 minutos antes, meto os alguidares nos casulos e logo que as retiro, retiro também os ninhos.
Para o 2º encestamento já prescindo da largada 4 ou 5 km. e no 3º ou 4º concurso deixo até de mostrar a fêmea antes do encestamento. Limito-me então a pôr os ninhos nos casulos durante meia hora antes de encestar os pombos. Esta prática é principalmente muito recomendável sempre que se trata dum concurso longo ou com mais do que um dia de cesto. O ninho é normalmente o bastante para despertar no viúvo o aparecimento da grande forma que vai acabar de desabrochar dentro do próprio cesto durante a viagem. Não podemos esperar que logo de inicio os machos façam entradas fulgurantes ao domingo mas, logo que tenham compreendido o método e que tenham entrado na rotina da viuvez, aparecem como foguetes em frente do pombal e não há nada que os impeça de entrarem como relâmpagos.

“Á chegada duma viagem a fêmea fica livre com o seu macho durante cerca de uma hora; é preciso contentar o viúvo e não o impedir de galar a sua fêmea.”
Este limite de uma hora, a meu ver, não deve ser entendido com tal rigidez. Nós devemos deixar a fêmea com o macho o tempo que entendermos e que deve ser calculado em função da dureza da prova que ele acabou de fazer. Se o pombo chega fresco, não o devemos ter muito tempo com a fêmea porque se esgotará em cópulas sucessivas; mas se chega mais cansado, já esse perigo não existe e a sua companheira pode permanecer mais tempo a seu lado. Isto é até uma espécie de prémio que lhe damos pelo seu esforço.
Eu nunca levanto a separação do ninho, sem que o macho coma algumas sementes pequenas que lhe dou (que devem servir de guloseima e ao mesmo tempo de alimento leve e refrescante) e sem que beba o que tiver na vontade.

“Nada de obscuridade” – Este é um dos aspectos da viuvez que mais preocupa o viuvista estreante e que menos atrapalha os experimentados.
A escuridão nunca deve ser total. Mesmo no seu máximo, deve ser sempre possível ler com dificuldade um jornal dentro do pombal. Utiliza-se este processo como meio para estabelecer a calma nos viúvos e devo dizer-vos que é bastante eficaz. Assim, eu faço, a obscuridade no principio da semana e vou-a diminuindo à medida que se aproxima o novo encestamento. Tal como o aumento da quantidade e a melhoria da qualidade da ração contribuem para o reaparecimento da forma, assim também o aumento gradual da luz e do sol dentro do pombal contribuem para o mesmo fim.
Um cuidado a ter com os pombos, quando se faz a escuridão no pombal, é o seguinte: Antes de os soltar para os treinos diários (que eu só começo á 3 feira, sempre com um treino muito pequeno), deve-se abrir as janelas e deixá-los estar uns dez ou quinze minutos à espera de se adaptarem á luz e á temperatura que faz no exterior. Só depois é que se soltam. Eu ainda faço mais – antes de os pôr em liberdade, deixo-os andar durante esse período à solta dentro do pombal, mesmo para que vejam que não estão lá dentro as suas fêmeas e assim partam mais tranquilos em seguida para o treino.

“Os viúvos nunca são encerrados nos seus casulos”
Quanto a esta resposta já podeis calcular qual é a minha opinião. Mas o certo é que parece não ter nenhuma influência no rendimento da equipa, o facto de encerrar ou não encerrar os pombos - a acreditar pelo menos naquilo que tenho lido. E aproveito até para vos mencionar uma maneira de proceder comum a alguns columbófilos do Porto, mas que só pode ser utilizada quando se possuam pombos muito dóceis e bem dominados. Depois de retirada a fêmea ao domingo, o corpo Pigarsode ninhos é totalmente tapado com uma cortina, contra a qual é colocado um xadrez onde os viúvos se apressam a retomar os seus lugares habituais. Pouco antes do novo encestamento, este xadrez e cortina são retirados e os pombos regressam ás suas casas. É evidente que este processo deve despertar um grande entusiasmo nos concursistas, mas só deve praticar-se com pombos mansos e bem domesticados, repito-o. Eu já vi um columbófilo que o praticava e que no final da distribuição da ração dava aos pombos a água num recipiente que apresentava, a um por um, no seu próprio poleiro. Os pombos pareciam encantados pois nenhum se mexia á espera que chegasse a sua vez. “No regresso das viagens água com glucose, um pouco de dari e milho alvo. Á noite, igualmente. Na 2ª feira apenas cevada á descrição”.

Mais adiante vos direi como procedo neste dois dias da semana.

“Um banho livre de água fria todas as 4ª feiras durante todo o ano”. Ponho as minhas dúvidas quanto á acção benéfica deste banho a meio da semana, na época dos concursos. Ainda hoje não é pacifica a opinião de que os pombos devem ser banhados para lhes baixar a forma e para a fazer subir de novo.
Eu sempre tenho procedido dando um banho morno forçado após o regresso dos concursos.
Depois do banho, os pombos ficam totalmente mudos e num repouso absoluto. Nunca deixei de dar este banho ao domingo, sobe de forma, normalmente todos voam bem, começando por um passeio por longe e a grande altura. É até durante o treino diário que podemos colher alguns sinais muito úteis sobre a forma depois de retirada a fêmea, ou o mais tarde, à 2ª feira de manhã. Recomendo-vos que leveis para o pombal uma toalha á qual deveis limpar bem as mãos depois de banhar cada ave. Se fordes pegar nos pombos com as mãos húmidas correis o risco de lhes arrancar algumas penas. É maçador este banho individual forçado, mas traz resultados óptimos. Os pombos devem permanecer mergulhados, com a cabeça apenas fora de água, durante cerca de 1 minuto.
Como ingredientes a utilizar na água do banho, eu uso durante a muda a água de eucalipto fervida. De tempos a tempos, de 2 em 2, ou de 3 em 3 meses, um punhado de sal da cozinha derretido na água do banho. Tanto uma coisa como outra têm efeito insecticida, mas o sal utilizado com frequência torna as penas secas e quebradiças. Durante os concursos utilizo o banho Colman que é aromático e torna a plumagem macia e sedosa.
Há muitos columbófilos que usam dar um banho frio, muito rápido nas vésperas ou no próprio dia do encestamento. Eu também já o fiz mas não creio muito na sua eficácia.
Aconteceu-me porém numa ocasião, o seguinte: Estávamos na 6ª feira que antecedia o concurso de cerca de 300 km. Durante toda a semana o tempo tinha estado razoável mas a 6ª feira apresentou-se fria e húmida. Soltei os meus viúvos de manhã e daí a pouco, com desespero vejo desabar uma chuvada fria sobre os meus pombos. E eles não queriam pousar! Torci as mãos de desespero e convenci-me de que ia sofrer um desastre terrível. Pois esse concurso, que se apresentou também frio e chuvoso foi um dos melhores que tive até hoje. Teria sido o banho frio da chuva? ...
Houve também um ano em que adoptei o sistema de dar um banho livre aos meus pombos na 2ª feira de manhã. Mas desisti ao fim de algumas semanas porque na maior parte das vezes, os pombos não faziam caso nenhum da banheira.

PROGRAMA SEMANAL:

E agora que julgo ter-vos falado dos mais importantes aspectos dos cuidados a ter com a preparação dos pombos, vou dar-vos um exemplo dum programa semanal para viúvos.

DOMINGO:
Á chegada, com a fêmea já bem alimentada e excitada, esperando na sua meta do casulo uma ração ligeira composta por arroz c/ casca e trigo, em parte iguais, e um pouquinho de linhaça. Como bebida - água morna com mel. Logo que os pombos bebem, esta bebida é substituída por água limpa. O mel em permanência no bebedouro fermenta.
Depois de retirada a fêmea, já com o pombal na obscuridade, repouso completo. Nota importante: O ideal é que seja uma pessoa diferente a roubar as fêmeas ao domingo, mas se tal não for possível, procurai tirar as fêmeas aproveitando um momento de distracção dos machos.
Á tarde, entrai rapidamente no pombal para distribuir a mesma ração da manhã. Depois repouso absoluto.

SEGUNDA-FEIRA:
Nada de soltar os pombos. Banho morno, se este não foi dado na véspera. Repouso e obscuridade.
Alimentação muito ligeira que pode ser a de domingo, adicionada com um pouco de pão torrado.
Como bebida, um chá depurativo. De 15 em 15 dias, podeis juntar a este chá uma colher de café para 2 litros de água da seguinte mistura de sais que podeis mandar preparar em qualquer farmácia: 4 partes de bicarbonato de sódio, 3 partes de sulfato de sódio, 2 de fosfato de sódio e 1 de citrato de sódio. Ou então, apenas uma colher de café, para a mesma porção de água, de bicarbonato de sódio.

TERÇA-FEIRA:
De manhã, metade da ração ligeira e metade ração normal. Treino muito curto.
Á tarde, ração normal mas em pequena quantidade. Treino um pouco mais demorado.
Todo o dia, água limpa.

QUARTA-FEIRA:
De manhã, treino normal, ração normal, mas reduzida. Deveis mesmo habituar-vos a dar 1/3 da ração diária de manhã, e 2/3 á tarde. O voo também deve ser sempre maior á tarde do que de manhã.
Ao meio-dia, uma ração de verdura. Como bebida, água com um pouco de fosfato de cálcio e vitaminas.
Á tarde, a mesma coisa.

QUINTA-FEIRA:
Treino normal, ração normal. Na água, mel glucose e ou açúcar cristalizado, segundo as vossas preferências.
Notai que a ração, em quantidade, vai aumentando durante a semana.
Se o encestamento é ao sábado, ainda não deveis abusar da quantidade, na 5ª feira de manhã. Mas se é á 6ª feira, já podeis servir comida á vontade

SEXTA-FEIRA:
Treino normal, ração normal. Na água, vitaminas e mel ou outras substâncias açucaradas. Se os pombos foram encestados neste dia, não se deve desejar que comam demasiado na refeição da tarde. É preferível que vão para o cesto com um pouco de apetite, para, no sábado, em viagem, serem os primeiros a dirigir-se ao comedouro. Ao meio dia, legumes variados.
Se for dia de encestamento, mostrar apenas o alguidar durante um bom bocado aos que vão seguir para concurso.

SÁBADO:
De manhã, último voo e última refeição. Água limpa como bebida.
Exame ao aspecto geral dos pombos, estado dos olhos, do interior do bico e das narinas. Desinfecção com qualquer produto dos habitualmente usados para este fim.
Á tarde, antes de mostrar as fêmeas, se for caso disso procurar que bebam bem.

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Agora, só quero para encerrar estas palavras acerca do tratamento dos viúvos, chamar-vos á atenção para alguns pormenores que são também muito importantes.
Os pombos devem apresentar-se pelo menos a partir da 3ª feira, em perfeito estado de saúde e de vivacidade. Esta, á medida que a semana avança deve ir aumentando também. O pombo no casulo deve apresentar a cabeça bem levantada, a plumagem brilhante, sedosa e cerrada, colada ao corpo. As carnes devem ser rosadas e a pele limpa a sem escamas. As narinas devem apresentar-se bem brancas, os olhos cintilantes a as pálpebras secas. O interior do bico deve estar limpo, sem fios, a garganta rosada. A abertura da laringe deve ser oval e denotar uma respiração calma, (esperemos para observar que a língua descanse na parte de baixo do bico). As patas devem ser secas e limpas e para o fim da semana não se devem apresentar frias.
O pombo em forma deve parecer-vos mais gordo, mas esta gordura é só aparente porque quando lhe pegardes ele deve dar uma sensação de leveza - todos os seus músculos estão dilatados e os sacos aéreos cheios de ar.
As fezes, a partir de 4ª feira devem apresentar-se redondas, pequenas, a recobertas de branco. De manhã, devem estar todas num pequeno monte, sinal certo de que o pombo dormiu descansado. Mesmo á tarde as fezes dos viúvos não devem estar espalmadas nem espalhadas pelo casulo - isso significa que eles passaram o dia num vai e vem contínuo.
E para terminar quero lembrar-vos este preceito fundamental: um dos segredos do êxito na viuvez consiste nesta coisa muito simples - ir ao pombal apenas quando isso é absolutamente indispensável.

* F I M *


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